quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A Arte o Belo e o seu autor. O Anel de Esmeralda.


Em primeiro lugar e visivelmente, uma obra de arte, um quadro, uma tragédia, uma fotografia, ou uma estátua pertencem a um conjunto, isto é, à obra do artista que é seu autor.Isto é elementar. Todos sabem que as várias obras de um artista são parentes umas das outras, como filhas do mesmo pai, ou seja, que elas têm entre si notáveis semelhanças. Sabem que cada artista tem o seu estilo, um estilo que se encontra em todas as suas obras.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

A personalidade.

Temos por hábito esquecer quão difícil, esgotante e técnica era a fotografia nos seus primórdios. A sensibilidade da emulsão era de uma lentidão incrível, comparada com os padrões actuais, e era necessária uma exposição de alguns segundos para qualquer retrato mais ou menos nítido, em que apareciam os mais pequenos pormenores; isto sem contar com o registo da personalidade do modelo.
Dizia Júlia Margaret Cameron (1815-1879)
"Espero estar a registar fielmente a grandeza do seu interior e exterior do homen."


sábado, 17 de setembro de 2011

Especulação II

O conhecimento que as fotografia permitem adquirir é sempre uma espécie de sentimentalismo, cínico ou humanista.
As fotografias, que por si nada podem explicar, são inesgotáveis convites á dedução e fantasia.

Especulação

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Mallarmé, o mais lógico dos estetas do século XIX, disse que tudo o que existe no mundo existe para vir a acabar num livro.
Hoje em dia, tudo o que existe, existe para vir a acabar numa fotografia.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A Fotografia e a Arte

Apesar dos esforços dos fotógrafos contemporâneos para exorcizarem o espectro da arte, algo permanece. por exemplo, quando os profissionais se opõem a que as suas fotografias sejam impressas até ao limite das páginas em livros ou revistas, estão a invocar o modelo herdado de outra arte: tal como as pinturas são postas em molduras, as fotografias deveriam ser emolduradas por um espaço branco. outro exemplo. muitos fotógrafos continuam a preferir imagens a preto e branco, pois consideram-nas mais delicadas e sóbrias do que a cores _ ou mesmo<< voyeuristas>> e menos sentimentais ou cruamente imitativas, mas o fundamento efectivo desta preferência é, mais uma vez, uma comparação implicita com a pintura.Cartier-Bresson, na introdução ao seu livro de fotografias O Momento Decisivo (1952), justifica a sua falta de motivação para usar a cor citando limitações técnicas; a baixa velocidade do filme a cores que reduz a profundidade de campo .Mas em virtude do rápido progresso tecnológico que permitiu a alta definição e todas as subtilezas tonais Cartier-Bresson teve que mudar de estratégia, e propõe agora que os fotógrafos renunciem à cor por uma questão de princípio. Na sua versão desse mito persistente segundo o qual se deu uma divisão de territórios, depois da invenção da câmara, entre a fotografia e a pintura, a cor pertence à pintura. Ele exorta os fotógrafos a resistirem às tentações e a preservarem as suas as sua prerrogativas.

(Susan Sontag -- Ensaios sobre fotografia)

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Sem explicação.


"As fotografias, que por si só nada podem explicar, são inesgotáveis convites à dedução,
especulação e fantasia.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

"Fotografar é reter a respiração quando todas as nossas facilidades se conjugam perante a realidade que foge, é então que a captura da imagem é grande alegria física e intelectual."
(Henry Cartier-Bressom)